sábado, 18 de junho de 2016

Livro traz experiência com barriga de aluguel

http://estilo.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/agencia-estado/2016/06/18/livro-traz-experiencia-com-barriga-de-aluguel.htm


Livro traz experiência com barriga de aluguel


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Dizem que curiosidade mata. Neste caso, ajudou a nascer. Foi muito por curiosidade que a jornalista Teté Ribeiro quis ser mãe: "Não tem como saber o que é, a não ser vivendo". Foi também por curiosidade que ela quis conhecer a barriga de aluguel de suas filhas: "Queria descobrir de que lugar físico vinham meus bebês, quem lhes deu à luz". Entre uma inquietação e outra, surgiu o livro Minhas Duas Meninas (Companhia das Letras, R$ 39,90), que será lançado em 12 de julho.
Teté Ribeiro é editora da revista Serafina, da Folha de S.Paulo. Por sete anos, ela e o marido, Sérgio Dávila, editor executivo do jornal, tentaram engravidar por métodos caros e invasivos, alguns com técnicas experimentais. A questão era que os óvulos dela tinham boa qualidade, mas o útero carecia de aderência. Cansados do "purgatório da infertilidade", entraram com a papelada para a adoção. Em 2013, a tal curiosidade de Teté foi aguçada pelas barrigas de aluguel da Índia, onde a prática é legalizada desde 2002.
O casal entrou em contato com a Dra. Nayana Patel, dona de uma clínica em Anand, 90 km ao sul de Ahmedabad, ex-capital da Índia. A médica é famosa: já saiu com destaque em matérias da BBC e da Forbes. Por intermédio da Dra. Nayana, mais de 1 mil bebês vieram ao mundo via "gravidez por substituição". Os candidatos a pais chegam da própria Índia e de vários cantos do mundo, distribuídos mais ou menos na seguinte proporção: 40% locais, 30% indianos que vivem em outros países e 30% estrangeiros.
Espera
Teté e Sérgio entraram na lista de espera, interessados na estrutura do lugar, na tecnologia avançada e no valor mais em conta que em alguns Estados americanos, na Tailândia e no México, onde a prática também é permitida. No total, pagariam US$ 25 mil. Se a gravidez fosse gemelar, a quantia subia para US$ 31,5 mil. Somente mulheres casadas, entre 21 e 45 anos, e que tenham pelo menos um filho podem colocar sua barriga à disposição. Vanita, a escolhida pela dra. Nayana, tinha 28 anos à época e um filho, Aarav, de 5.
O maior dilema - a mãe de aluguel se arrepender e decidir ficar com o bebê - é resolvido por um contrato. Ela não tem nenhum direito sobre a criança, que ganha a nacionalidade dos pais biológicos. "A legislação indiana e a brasileira, até este momento, têm um encaixe perfeito para as barrigas de aluguel", escreve Teté. "A maior preocupação do governo da Índia é que Rita e Cecília não sejam cidadãs indianas; a do Brasil é que não tenham dupla cidadania."
Informações. O que não se encaixou tão perfeitamente foi o jeito indiano de editar e divulgar as informações. É compreensível que, por lei, os obstetras indianos não possam revelar o sexo dos bebês durante a gravidez. Entre a classe média e média baixa do país, é comum o aborto provocado quando se sabe que uma menina está abrigada no útero.
Acontece que, crente de que acompanharia o parto, Teté chegou um mês antes do previsto. Só no dia seguinte soube que suas crianças estavam "um pouquinho nascidas". A cesárea tinha acontecido três dias antes. Rita e Cecília estavam bem, precisavam apenas engordar até os 3 quilos, quando ganhariam o selo "fit to fly", prontas para voar de volta. Não era por isso que lhe negaram um e-mail ou um telefonema avisando do nascimento. "Para aqueles indianos com quem convivi, a versão contada é aquela que eles supõem que você deva saber."
Teté quer que suas filhas conheçam todo o processo. O casal fez um álbum com as fotos do primeiro mês de vida na Índia e o deixa à mão das garotas. "Elas têm só 2 anos, ainda são pequenas para formular qualquer pergunta, vou deixar que a curiosidade delas guie a informação."
Em tempo: Teté troca fotos das crianças com Vanita por WhatsApp. Com o dinheiro que lhe coube na oferta da barriga, US$ 8 mil, a indiana pagou dívidas. A família, porém, continua em dificuldade. Vanita não pode ser mãe de aluguel de novo, já que fez duas cesarianas. Quer ser cuidadora em Israel, de idosos ou bebês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Terapia especializada em 'luto complicado' ganha espaço no país

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/06/1781223-terapia-especializada-em-luto-complicado-ganha-espaco-no-pais.shtml

Terapia especializada em 'luto complicado' ganha espaço no país

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
A publicitária Rita Almeida, que perdeu um filho e criou o site "Vamos falar sobre o luto"
A publicitária Rita Almeida, que perdeu um filho e criou o site "Vamos falar sobre o luto"

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Há sete anos, a publicitária Mariane Maciel, 38, estava se recuperando da perda da mãe, vítima de um câncer havia poucos meses, quando teve sua vida transformada mais uma vez. Seu noivo, Leo, estava entre os 228 passageiros do avião da AirFrance que caiu na costa brasileira.
Ele tinha vindo da França, onde fazia um doutorado, para formalizar o pedido de casamento a Mariane.
As duas perdas consecutivas fizeram com que a publicitária procurasse uma terapia de luto –especialidade da psicologia que visa ajudar a pessoa a processar sua perda. A modalidade, dizem especialistas, cresce no Brasil.
"Quando comecei a trabalhar com isso, ouvia piadinhas. As pessoas me perguntavam: mas luto não é normal? Pode ser ou pode não ser", diz a psicóloga Maria Helena Franco, criadora, há 20 anos, do Laboratório de Estudos do Luto na PUC-SP.
"Tínhamos poucos pacientes no começo. Hoje, temos lista de espera", diz.
No caso de Mariane, foram cinco meses de terapia de luto. Primeiro, com dois encontros na semana; depois, um. Ela procurou a clínica de psicologia especializada Quatro Estações, em São Paulo.
Nas sessões, fazia exercícios, recebia indicações de leitura e falava bastante.
"Aos 30 anos, meus amigos ainda não tinham lidado com perdas como as minhas", diz a publicitária. "Você se vê sozinho e pressionado para ficar bem logo."
Não é todo enlutado, porém, que "precisa" da terapia de luto. Quem perdeu seus entes de maneira repentina ou em situação de violência pode se beneficiar mais da abordagem. Pode ser o caso também de quem sofre o chamado luto complicado –o antigo "luto patológico".
Segundo Luciana Mazorra, especialista no atendimento a enlutados da Quatro Estações, o luto é uma oscilação entre o sofrimento da perda com momentos em que a pessoa segue a vida. "Quando o indivíduo fica preso no sofrimento e não consegue seguir a vida, o luto é complicado."
A proposta do terapeuta varia de acordo com o caso. Um dos exercícios envolve a criação de uma caixa de lembranças da pessoa que morreu, conta Luciana. Mas, para quem se sente desconfortável, há outras propostas.
A também publicitária Rita Almeida, 56, fez terapia de luto e terapia convencional –que já fazia antes– após a morte de seu filho, Paulo, 28, há quatro anos. Ela recebeu a notícia pelo telefone. O filho estava trabalhando em Londres. "As pessoas não querem falar sobre morte", diz. "A terapia de luto me ajudou a entender o que eu estava sentindo. Você descobre formas de conviver com a dor."
O luto das mães também é bastante valorizado –incluindo a perda gestacional.
"Haverá momentos de muita tristeza ao longo da vida", diz Ana Beatriz dos Santos, psicóloga do HC da USP e membro do Laboratório de Estudos sobre a Morte da USP.
Mães que perderam seus filhos costumam ser ativas em grupos de ajuda. Rita ajudou a criar o "Vamos falar sobre o luto", site que reúne histórias de enlutados e é comandado por sete amigas com diferentes experiências –incluindo Mariane.
"Há uma espécie de cerco do silêncio. Quem sofre, quem está doente ou por perto evita falar sobre o assunto", diz Ana Beatriz. Para quem está convivendo com enlutados, a indicação é estar por perto e ouvir sempre que a pessoa quiser falar a respeito.
luto

sábado, 21 de maio de 2016

A vida segue..

Ando tendo pouco tempo para escrever e cuidar do blog. O máximo que venho fazendo é compartilhar matérias e afins..
Peço desculpas por isto. Minha vida é bem complicada, cuido de tudo absolutamente sozinha, o que deixa um tempo quase zerado para postagens.
Estas duas ultimas semanas voltei a me lembrar que tenho 57 anos, e que o tempo esta passando de forma assustadoramente rápido demais.
Estive doente, e nesta hora que sente-se a solidão. Quando se olha para o   lado e não se acha viva alma que te acuda, não de imediato. Meu medo sempre é meu filho, o que será dele se eu faltar??? Oh medo imenso que tenho, todos os dias eu converso com o universo pedindo mais tempo, pois ele só tem a mim e acho muito difícil que alguém o assuma se eu vier a faltar. Pode parecer papo cretino, mas é o que penso e penso muito nisto sempre. Ao adoecer piora, mas talvez por eu nunca adoecer isto ocorra, ou não...não sei.
Sei que com o tempo meu corpo tem sentido os efeitos da idade. Dói aqui, dói ali...mas graças a pessoas incríveis estou só aguardando os exames de sangue para retornar ao médico.
Emagrecer, emagrecer....penso nisto, mas ainda acho que nada tem uma coisa a ver com outra...logico que o emagrecimento me fará mais ágil, mas nesta altura da vida quero agilidade pra que? rsrs
Eu queria mesmo era minha aposentadoria, poder ter tempo pra me dedicar mais a meu filho e a minha associação, a meu blog, meus grupos, Poder fazer algo com meu corpo, sei lá. Estou cansada da labuta diária, falta de reconhecimento, stress do trabalho, enfim...queria sossego, cuidar das minhas plantas.
Tomo tanto cuidado com meu filho e comigo, estou sempre alerta nos observando, chego a ser extremista com ele, tudo fruto de um medo absurdo.
Mas não posso viver com medo, não posso não viver por medo.
Enfim...só um desabafo em uma noite de outono fria demais.
Odete

Após perdas e câncer, mulher cria livro de colorir para lidar com o luto

http://estilo.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2016/05/20/apos-perdas-e-cancer-mulher-cria-livro-de-colorir-para-lidar-com-o-luto.htm

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Um carinho delicioso;...

Odete fez parte da minha história em boa parte dos anos de tentativas. Não, não nos conhecemos pessoalmente, nunca nos vimos, mas nos falamos várias vezes por mensagens num blog que frequentávamos naqueles anos. Ela sempre foi uma das que mais participavam, que apesar de estar sofrendo "a mesma dor" conseguia por muitas vezes ser afago e conforto para muitas de nós. Como me lembro do dia em que soube da gravidez gemelar dela, como festejei! A vitória da Odete era como se nossa fosse. O chegar aos 3 meses, fase crítica de possibilidades de um novo aborto, foi uma festa!  A gravidez evoluindo, a descoberta que seria um casalzinho, tudo perfeito como nos melhores sonhos de qualquer "tentante", até um determinado dia em que nasceram e que a sua filhinha dias depois não sobreviveu. Que tristeza... Mas enfim Odete se tornou MÃE, mãe do Ricardo, mas também mãe da Dandy que se foi tão rápido e marcou sua mamãe para sempre. Claro, ela estava feliz, mas ela queria os dois filhos tão esperados e não esperava contar jamais com essa despedida tão crua e dolorosa da sua menina. Eu chorei, eu fiquei em choque momentaneamente quando soube do ocorrido, eu queria colocar no colo aquela "amiga" naquele momento. Talvez ela nem saiba da dimensão do meu agradecimento à sua presença naqueles tempos, do quanto me ajudou e quanto eu me compadeci pelas suas dores também, mas nunca é tarde, e aqui deixo explícito meu carinho e admiração.
Odete Santos é uma das fundadoras do grupo “Unidas Pela Dor” – grupo de apoio a mães que sofreram um aborto espontâneo, fundado em 2002, e escritora do blog “Perdi meu bebê, e agora?". E lendo a Folha de São Paulo tive a grata surpresa de vê-la citada nesta matéria. Para vocês umas palavrinhas da querida Odete, ficando a dica do seu grupo e blog em apoio a todas mulheres que passaram ou estão passando por esta dolorosa experiência.

O depoimento abaixo foi enviado por Odete dos Santos. Odete é uma das fundadoras do grupo
MORTESEMTABU.BLOGFOLHA.UOL.COM.BR

sábado, 14 de maio de 2016

Feliz Dia do "Ano Que Vem É Você"

Feliz Dia do "Ano Que Vem É Você"
Desde que eu era bem, mais bem pequena mesmo eu queria ser mãe. Queria ser mãe e médica. Mas muito, muuuuuito mais mãe que médica. Se Deus me falasse: 'ou um ou outro!', responderia, sem titubear: 'Quero ser mãe, Senhor.' Deus me deu esse presente maravilhoso da maternidade e sou grata a Ele todos os dias da minha vida por essa benção.
Hoje as mães foram todas homenageadas da mais linda maneira possível. Todas lembradas, presenteadas, famílias almoçando juntas... Que sentimento gostoso, né?
Então. Para muitas pessoas hoje foi um dia difícil. Talvez um dos mais difíceis do ano.
Essas pessoas estão esperando neném.
Não, elas não estão grávidas. Grávidas não esperam neném.
Grávidas somente esperam o tempo passar, o bebê crescer e a hora certa dele sair da barriga.
Quem realmente espera neném SÃO AS TENTANTES.
Você sabe o que é uma TENTANTE?
Uma tentante é alguém QUE ESTÁ TENTANDO ENGRAVIDAR.
Desde que comecei a me dedicar à elas, as tentantes, meu coração nunca mais conseguiu passar um dia das mães plenamente feliz por saber o quão destruídas elas estão se sentindo no dia de hoje.
Destruídas, arrasadas, frustadas. Tristes, em depressão, algumas vezes. Se sentindo incapazes. Incompletas. Incompetentes. Menos humanas que as humanas que estão conseguindo procriar. Devastadas.
😰🤕😥🤒😰🤕😥🤒
- Quantos anos mais vou ter que esperar até poder comemorar o MEU Dia das Mães?
- Será que um dia esse MEU dia de comemorar vai chegar? 🤔😔
Algumas já praticamente perderam as esperanças. 😔
Algumas já não aguentam mais esperar.
Algumas fingem que não esperam mais.
Algumas fingem que não dói mais.
Algumas estão com a barriga roxa de remédios.
Algumas preocupadas com seus embriões congelados lá dentro do butijão de nitrogênio com outras centenas, milhares de embriões.
Todas com o mesmo pensamento:
- Será que uma hora vai chegar?
Será que um dia o MEU Dia das Mães vai chegar?
🙏🏼🙌🏼🙏🏼🙌🏼🙏🏼
A elas hoje dedido a minha admiração, o meu apoio, a minha lágrima, o meu ombro, a minha vontade de saber mais a cada dia para poder ajudá-las cada vez mais.
Todas hoje, sem exceção, estão com os braços e corações vazios. 💔😔
Precisando de um abraço. Sem discursos. Sem palavras. ❤️
Um silêncio cúmplice. 🤐 Só isso.
Que ano que vem possa estar comemorando com vocês a vitória que vamos conseguir esse ano, se Deus quiser, em nome de Jesus. 🙌🏼🙏🏼
Um abraço BEM APERTADO em cada uma de vocês.
🙌🏼🙏🏼❤️☺️🙌🏼🙏🏼❤️☺️
(Se você se solidariza com essas pessoas, compartilhe esse texto para que mais pessoas possam ser solidárias às tentantes e que esse peso seja menos difícil de carregar).
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domingo, 8 de maio de 2016

Dia das mães

Não escrevi antes por estar meia adoentada e sem poder ficar aqui no micro...
Muitas mulheres tem entrado aqui e só curtem e não deixam mensagens, nem solicitam ajudam e nem nada, tem curtido a pagina apenas....Dia das Mães é um dos piores dias após perdas, e nem acho justo ficar aqui falando das graças de ser mãe.
Mãe somos todas, mãe de bicho, mãe de anjo, mãe de sobrinho, de afilhado, mãe dos pais, mãe adotiva, enfim a mulher nasce mãe, pois logo ganha sua primeira boneca.
Não fique triste por ter passado um dia sem ser mãe, muitos outros virão...e falo por experiencia própria pois chorei em muitos dias das mães também, me revoltei..e demorou meninas...como demorou...mas veio....logico que não sem dor e perdas, mas veio...
O importante´e não desistir...e daqui a dez anos venham aqui ocntar se vcs não estarão tentando escrever um post com um baixinho tagarelando ao lado....rsrs...
Coragem....coragem....Força pra vcs....E estou sempre por aqui....
Beijos

Odete 
Mensagem postada no Facebook https://www.facebook.com/UnidasPelaDor/