terça-feira, 29 de dezembro de 2015

6 importantes conselhos para quem perdeu um ente querido

6 importantes conselhos para quem perdeu um ente querido

Não é fácil superar a perda de alguém que amamos. Mas há muito o que podemos fazer para amenizar a dor e não deixar que o luto se transforme em doença.

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  • Tivemos uma enorme perda na família, recentemente. Meu ex-marido, pai dos meus três filhos, sofreu um grave acidente e não resistiu aos ferimentos. Ele era jovem, tinha muitos planos para o futuro. Foi uma grande perda para todos nós, especialmente para meus filhos, para os pais, as irmãs, sobrinhos e a companheira dele.
    Como meus filhos e eu temos fortes convicções religiosas e espirituais, para nós está sendo mais fácil lidar com a perda. As irmãs e a companheira dele sofrem ainda, mas a dor vai sendo amenizada conforme o tempo passa (passaram-se quatro meses). Para os pais dele, porém, está sendo muito difícil, quase insuportável. É compreensível, pois perder um filho é uma das piores dores que há.
    É para os meus sogros e para todos aqueles que estão tendo grande dificuldade para lidar com a perda de um ente querido que escrevo este artigo. Ter em mente estas 6 coisas lhes ajudarão a superar essa dor:
  • 1. A dor da perda irá abrandar-se com o tempo, mas se isso não ocorrer, vocês precisam procurar ajuda

    Sofrer, chorar, negar o ocorrido, questionar, isolar-se, sentir raiva, tudo faz parte da transição para superar a dor, faz parte do luto. Chorem tudo o que tiverem para chorar, permitam-se sofrer. Mas, por favor, não desistam de continuar! Não se entreguem! Se o sofrimento for muito persistente, convém buscar ajuda, pois algumas doenças graves podem se desencadear, como a depressão e a Síndrome do Coração Partido.
  • 2. A dor física que sentiu, ele já não sente mais

    Se a pessoa teve uma morte trágica ou sofreu muito antes de morrer, a tendência é que fiquemos revivendo aquelas cenas terríveis, sofrendo pelo que ela sofreu.
    Não se esqueçam de que isso é passado. A dor dele já não existe mais. Tentem se concentrar nas boas lembranças, em bons momentos que passaram juntos, e deixem as lembranças ruins no passado, pois é onde elas realmente estão.
  • 3. Há outras pessoas que precisam da sua atenção e amor

    Quando alguém que amamos parte, a tendência é nos isolarmos para sofrer e não darmos a devida atenção àqueles à nossa volta.
    Há pessoas à sua volta que lhes amam e precisam de vocês. Deem atenção a elas, fiquem mais perto delas, deixem que elas se aproximem mais de vocês. Vocês irão se distrair ao conversar sobre outros assuntos, irão fortalecer seus laços. Isso fará bem a todos.
  • 4. Não se culpem quando a tristeza cessar e a alegria voltar

    Parece uma ofensa à memória e ao sofrimento do ente querido quando rimos um pouco, quando nos alegramos.
    Não se culpem. Não está errado sorrir, alegrar-se. Saibam que ele adoraria lhes ver felizes novamente. Superar a perda, recobrar o ânimo de viver é o caminho natural que todos precisam trilhar.
  • 5. A vida continua

    A vida dele continuará na eternidade, e a sua jornada mortal ainda não chegou ao fim. Não desperdicem seus dias aqui na terra. Vocês ainda terão contas para pagar, deveres a cumprir, filhos e netos para abraçar, amor e carinho para dar e receber. Vivam da melhor maneira que puderem aqui, para que, quando chegar a sua hora – pois cedo ou tarde acontecerá com cada um de nós – vocês estejam preparados e tranquilos por terem feito o seu melhor na mortalidade.
  • 6. Haverá um reencontro

    Eu lhes garanto, a morte não é um "adeus", mas um "até logo". Deus nos ama tanto que não nos deixará separados daqueles que amamos para sempre. Se fizermos a nossa parte aqui na mortalidade, poderemos rever e conviver com nossa amada família e nossos amigos na eternidade. Graças ao sacrifício e morte de Jesus Cristo, todos nós ressuscitaremos assim como Ele ressuscitou. É um dom e promessa maravilhosos.
    Quando a dor da saudade bater novamente, pensem no que foi exposto acima. Vocês ainda têm muito para viver aqui na terra, e terão uma eternidade pela frente para conviver com aqueles que já partiram. Vocês só precisam fazer a sua parte, levando uma vida digna e justa. Deixem que a dor do "adeus" dê lugar à esperança de um "até mais ver".

Erika Strassburger mora no Rio Grande do Sul, tem bacharelado em Administração de Empresas, escreve artigos para o site Família, é cristã SUD, pintora amadora de telas a óleo e mãe de três lindos guris, o mais velho com Síndrome de Down.
 
http://familia.com.br/superacao/6-importantes-conselhos-para-quem-perdeu-um-ente-querido

domingo, 20 de dezembro de 2015

Morre bebê de mãe que adiou tratamento de câncer durante a gravidez

  • BBC
    Heidi Loughlin descobriu que estava com câncer de mama na 13ª semana da gravidez do terceiro filho
Morreu neste sábado um bebê britânico cujo nascimento havia sido adiantado pelos médicos para que sua mãe começasse um tratamento contra o câncer. O caso teve grande repercussão na Grã-Bretanha pois a mãe inicialmente se recusou ao tratamento, para tentar salvar a filha.
Em setembro, a policial britânica Heidi Loughlin, de 33 anos, estava na 13ª semana de gravidez do terceiro filho quando foi diagnosticada com uma forma rara e agressiva de câncer de mama.
Loughlin vive em Bristol, no sudoeste da Inglaterra, e ainda amamentava o filho de um ano - o outro tem dois anos.
Os médicos deram a ela a opção de fazer um aborto e iniciar uma quimioterapia intensiva, alertando que Loughlin poderia morrer se adiasse o tratamento.
Mas ela decidiu seguir com a gravidez e começar um tratamento mais brando. O objetivo era se manter viva e, ao mesmo tempo, não prejudicar o desenvolvimento do bebê.
A quimioterapia mais branda, entretanto, não rendeu os resultados esperados e os médicos concluíram que o risco para a saúde de Loughlin era tão alto que ela precisaria adiantar o nascimento do bebê em pelo menos 12 semanas.
"Me disseram que eu realmente precisava começar com o herceptin (remédio indicado para casos de câncer como o dela) agora", afirmou.
Os médicos afirmam que este medicamento não pode ser administrado à paciente durante a gravidez, pois pode matar o bebê.
"Ninguém nunca quer ficar nesta posição e todas as opções são horríveis mas eu preciso estar aqui para todos os meus filhos", acrescentou Loughlin.
O bebê, uma menina, nasceu no dia 11 de dezembro - 12 semanas antes do previsto - e morreu neste sábado.
Loughlin escreveu um poema em seu blog: "Na tarde de ontem nossos corações se partiram em dois quando tivemos que dizer adeus para você".

'Ela tem mais cabelo que eu!'

Quando o bebê nasceu Loughlin disse que ela e o marido, Keith (Smith), estavam "totalmente deslumbrados" com o nascimento da filha.
"Ela nasceu hoje (dia 12 de dezembro) com uma cesárea às 12h37. Ela saiu primeiro com os pés e está respirando sozinha. Ela pesa 1,05 kg. (...) Ela tem mais cabelo que eu!!!!" - escreveu em seu blog.






quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Distúrbios na tireoide podem causar ansiedade e depressão

** Eu tenho hipotireoidismo, e acrescento que além de todos os sintomas relatados no artigo abaixo, ainda existe um risco maior de abortamento, especialmente no início da gestação. 

http://www.hc.unicamp.br/



Endocrinologista do HCor explica que a incidência da doença é maior em mulheres;
No mundo, 300 milhões de pessoas têm disfunção na tireoide e metade não sabe
Quando a tireoide funciona mal, o corpo sofre os sinais, que na metade dos casos não são relacionados pelas pessoas como parte de uma doença. Ganho ou perda de peso, agitação ou sonolência, falta de crescimento ou tremores podem ser sintomas de hipo ou hipertireoidismo - baixo ou extremo funcionamento dessa glândula.

No mundo, 300 milhões de pessoas têm disfunção na tireoide e metade não sabe. Cerca de 15% da população sofre com o problema, o que coloca essa doença entre as que mais atingem os brasileiros, principalmente o sexo feminino, de acordo com o censo do IBGE. Outro dado da instituição afirma que cinco milhões de mulheres não sabem que tem algum tipo de disfunção na tireoide por falta de conhecimento dos sintomas.

De acordo com a endocrinologista do HCor (Hospital do Coração), Dra. Laura Frontana, a alteração da tireoide mais frequente é o hipotireoidismo, causado pela diminuição da secreção dos hormônios tireoideanos. Menos frequente, mas muito importante, é o hipertireoidismo, onde ocorre o inverso, com o aumento nos níveis sanguíneos destes hormônios. Quando a glândula não funciona normalmente, o paciente pode apresentar sintomas similares aos da depressão como fadiga, aumento de peso, diminuição do desejo sexual e problemas de concentração.

“No caso do hipotireoidismo, há uma produção insuficiente de hormônios. Tudo passa a funcionar mais lentamente: o coração bate devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorrem também a diminuição da capacidade de memória, cansaço, dores musculares e nas articulações, sonolência, pele seca, ganho de peso, aumento nos níveis de colesterol e, em alguns casos, depressão. Pode haver ainda frio, queda de cabelo e infertilidade”, esclarece Dra. Laura Frontana.

Nessa situação, o organismo tenta "parar” o indivíduo, já que não há "combustível" para gastar. Apesar de ser mais comum acima dos 40 anos, o hipotireoidismo pode ocorrer em todas as fases da vida. Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos podem ter a doença. “No outro extremo, há o hipertireoidismo, ou seja, a produção excessiva de hormônios. Tudo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara, o intestino solta, os olhos ficam saltados, a pessoa fica agitada, fala demais, gesticula muito e dorme pouco, pois se sente com muita energia, mas também muito cansada”, alerta Dra. Frontana.



Tireoide e depressão:
A depressão é uma síndrome psiquiátrica altamente prevalente na população em geral. Especialistas apontam vários fatores envolvendo genética, estresse, mudanças corporais, principalmente cerebrais, que desempenham papel importante no desenvolvimento desta doença. Geralmente ela se apresenta com alterações do humor, cognitivas, físicas e do comportamento.
Podemos notar que em relação à tireoide a reciprocidade entre essa glândula e as emoções, os estados emocionais mais contundentes e o estresse levam ao ativamento do sistema imunológico, que ataca a tireoide causando as alterações hormonais. Entretanto, as alterações da tireoide também levam à alterações emocionais. “Sendo assim, alterações da tireoide junto com alterações psiquiátricas são muito comuns. Por isso a importância em saber reconhecer a doença endocrinológica que, muitas vezes, se manifesta com alterações psiquiátricas", finaliza Dra. Laura.
Hipotireoidismo e Hipertireoidismo. Qual a diferença?

Hipotireoidismo: a glândula trabalha menos do que deveria e atinge 4,6% da população brasileira. Ela provoca:
Aumento de peso;
Diminuição da frequência cardíaca;
Cansaço e sono;
Intestino preso;
Falha de memória;
Perda de cabelo e pele ressacada;
Dores musculares
Hipertireoidismo: a glândula trabalha demais e atinge 1,3% da população brasileira. Ela provoca:

Perda de peso acentuada;
Aceleração do ritmo cardíaco;
Dificuldade para dormir;
Ansiedade, nervosismo ou irritabilidade;
Variações no humor;
Tremores e intolerância ao calor.

A tireoide:

A tireoide é uma pequena estrutura localizada no pescoço que exerce forte influência em todo o corpo. A glândula libera hormônios que controlam o metabolismo com rapidez e eficiência em que as células convertem nutrientes em energia. Com isso, a tireoide interfere no funcionamento de cada célula, tecido e organismo, inclusive no cérebro.

Os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) são essenciais para o desenvolvimento e a manutenção do sistema nervoso central. Quando há diminuição destes hormônios (hipotireoidismo), ocorre uma diminuição da atividade dos neurônios. “A diminuição dessas substâncias pode provocar alteração no sistema nervoso central e periférico causando sonolência, fraqueza, dores de cabeça, síndrome do túnel do carpo, demências e, em casos extremos até coma”, finaliza.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Dia Nacional para a Sensibilização da Perda Gestacional

15.10.15
Me lembro quando a Manoela Pereira levantou a bandeira para a criação deste dia em Portugal, sinceramente não sei sei se conseguiram...
Aqui no Brasil precisamos dele também...pois a luta das mulheres que tem blogs, sites, ongs e etc voltados  à perda gestacional é longa...
Eu estou nesta luta desde 2000 mais ou menos, ou seja quase 15 anos...uma vida, a vida do meu filho perdido.
E percebo quando se criam novos sites, grupos de apoio e etc que pouco mudou...
As perdas continuam a existir, as mulheres continuam a ser "agredidas" em hospitais e a viver a dor solitária da perda..a dor da alma, aquela que ninguém vê. que só a mulher sente.
Um dia para se refletir sobre o  assunto seria um dia de homenagens ao filho perdido, seria um dia para conscientizar médicos e enfermeiras, sobre como conduzir esta perda junto a mulher. Seria uma dia onde as pessoas em geral poderiam também se instruir sobre o que dizer e como dizer quando alguém próximo perde um bebe. Seria um dia para que cientistas continuem e divulguem suas pesquisas na área do aborto espontâneo.
Seria um dia de luto. É luto mesmo, luto existe sim, e existe pra ser sentido, o enlutado tem o direito de sentir sua dor, de chorar, de se fechar e de viver seu luto sem que fiquem tentando tira-lo dele...
O luto é a exteriorização da perda. E para aceitar a perda só vivendo o luto,
Senhores governantes, que seja criado o Dia Nacional para a Sensibilização da Perda Gestacional.
Odete

domingo, 11 de outubro de 2015

Sonhos - Caetano Veloso





Princesa Dandy, você nunca sairá dos meus pensamentos e da minha vida.
"...qdo o meu mundo era mais mundo....saudade até que é bom.."
Te amo gata!
E te amo muito Ricardinho....meu amor, minha vida nesta vida.
Feliz Dia das Crianças a todas as crianças e a todos os anjinhos que se foram antes do tempo.
Odete

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Sensibilização à Perda Gestacional.

A Larissa faz no RJ um trabalho similar ao nosso em SP....e estou divulgando este evento que ela esta divulgando....

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Bebes arco iris

O importante é não desistir....
Dói demais perder.....deve-se sim viver o  luto em toda sua intensidade para não deixar dores adormecidas.....mas não se pode desistir jamais....
/https://catracalivre.com.br/geral/saude-bem-estar/indicacao/os-bebes-arco-iris-esperanca-depois-da-perda-dos-bebes/

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Sara Duarte Feijó - Jornalista.

Sara Duarte Feijó não a conheci pessoalmente, mas ela ia fazer uma matéria sobre filhos múltiplos e uma amiga me indicou a ela...
Eu fui bem franca com ela no primeiro contato...lhe disse que eu tive gemeos mas que minha filha faleceu, etc etc....Lhe indiquei minha amigaMaJoy Antabi e disse que ela sim poderia falar do assunto com maestria....
Ela ficou com o contato mas insistiu na minha história, na história dos meus filhos, e na história do meu grupo Unidas Pela Dor. 
A matéria saiu em um fim de ano...um presente de Natal...saiu em 25.12.2011, foi um lindo presente a qual ela nos ofertou...a matéria ficou linda....Amei...
A partir de então, passei a segui-la no facebook...e me lembro de sua alegria quando concluiu o mestrado....eu lhe pedi sua tese e ela generosamente me passou para que eu a lesse....
Nossos posts sempre tinha uma curtida da outra.....eu adorava ler seus posts....e politicamente pensávamos igual....eu ficava feliz em senti-la tão inteligente e lúcida..
Hoje ao abrir meu face, vi uma mensagem da linda Gabriela Novaes, que foi quem nos apresentou, me comunicando seu falecimento, eu parei e pensei, mas como??? Não estava doente, não que fosse público, o que aconteceu a voce Sara Duarte Feijó???? Ainda não sei...mas não importa, importa o fato...ela se foi....
Tão linda, tão nova, tão cheia de vigor e vontade de viver.....
Dei uma busca no google e não li qualquer noticia do seu falecimento tb....
Mas eu não poderia deixar de homenagea-la....
Sará aqui um pouco do que vc deixou pra nós....
Super beijo e siga em paz.....


http://www.estadao.com.br/noticias/geral,supermaes-fundam-associacoes-de-ajuda-mutua-imp-,815049

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A vida e a morte...

Ela tinha um filho lindo ...mas o deixou só e foi buscar o namorado....
O filho morreu através da janela do banheiro do 26.º pavimento....
Na mesma semana que o  Brasil perdeu a Sofia...
Os pais da Sofia estão em desespero....e o Brasil também...
Porque isto acontece????
Crianças são anjos e isto não deveria acontecer....
Odete

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Bebê Sofia

Boa noite..
Hoje é 14.09.15, uma noite fria aqui no sudeste, mais precisamente em Guarulhos...mas o dia começou frio também...frio e muito feio....
E ficou pior quando abri o computador e me deparei com a notícia que menos queria ler na mídia...
Sofia faleceu!
Fiquei incrédula e me coloquei no lugar de seus pais....e me voltaram muitas dores escondidas...
Por que??? Foi a pergunta que mais me fiz...Por que????
Ela pequenina venceu tudo...foi desenganada ainda recém nascida, conseguiu viajar após muita luta para fazer o transplante no único lugar onde este transplante é feito....comoveu e uniu o país todo com sua história...E venceu! Saiu do hospital, mas um vírus a atacou....ela se livrou do vírus...mas os pulmões foram atingidos e isso a levou daqui....Voou ao céu para se juntar a tantos outros anjos que se foram....
Um ano e nove meses apenas...uma guerreira...risonha...que adorava mexer as perninhas e ganhou o apelido de bailarina...uma princesa que uniu milhares de pessoas na internet com o intuito de orar por ela...só orar por ela....
Quantas noites não fiquei aqui em frente à minha maquina orando por ela....(eu que nem disto sou..), Mas era um compromisso, orar por ela...
Seus pais nem consigo imaginar como estão...longe da família..dos amigos....longe de tudo e de todos...e agora longe da sua única filha....
Passei algumas vezes durante o dia pela net em busca de notícias e tive também o desprazer de ler coisas absurdas sobre o fato...e ouvi alguns comentários também absurdos...
Coisas como:-
- Tanto dinheiro gasto para nada;
- Agora que ela morreu, vamos orar por outras crianças;
- Escapou tantas vezes;
- Transplante é assim, difícil dar certo.
A estas pessoas eu respondo aqui, graças a Deus que não foi com você, você que teria feito o aborto, que não teria lutado por ela, você que é egoísta e não crê na vida alheia, graças a Deus que a Sofia nasceu na família certa, que foi amada não só por esta família, mas por um país inteiro!
Eu a amava...eu a amo também, sem nunca tê-la visto!
Sofia, você deixou para nós uma lição, quem sabe daqui para a frente a justiça conceda mais rapidamente o direito das crianças com SIC fazerem seu transplante mais rápido fora do Brasil (é, aqui não tem), quem sabe o governo incentive os nossos médicos a fazerem aqui o transplante (o médico que faz nos EUA é brasileiro), quem sabe os deputados criem a Lei Sofia para o tratamento da SIC.
Nada vai diminuir a dor deste dia 14.09.15, mas pode evitar outras dores e dar esperanças a outros bebês que sofrem do mesmo mal, e não são poucos não.
E você que não pensa assim, resolva fazer doações de R$10,00 às crianças doentes.
Sofia linda bailarina, vá em paz!
Ilumine o nosso céu com seu brilho, princesinha!
Patricia e Gilson, um forte abraço a vocês da família Unidas Pela Dor.

http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2015/09/morte-de-bebe-sofia-causa-comocao-nas-redes-sociais-um-anjo.html

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Cinco verdades sobre o luto

* publicado originalmente aqui.

Conheça para oferecer apoio a quem vivencia
No dia 4 de junho deste ano me vesti com uma roupa que gosto muito, me despedi dos meus dois filhos, de seis e três anos, deixando-os aos cuidados dos avós, para cumprir uma missão inédita, difícil e, ao mesmo tempo, muito especial: dar minha primeira palestra sobre luto perinatal.
Escolhi contar aqui cinco percepções que, durante a minha fala na palestra, senti como realmente relevantes para quem está próximo de uma família que perdeu (um bebê, neste caso, mas vale para outras perdas) - e quer oferecer apoio.
Estas são algumas das questões que surgem: como acolher a pessoa que perde? Como fica sua rotina? O que machuca? O que ajuda e o que atrapalha? Que recursos ela pode usar para se restabelecer? Principalmente - o que os profissionais que a acompanham - sejam médicos, doulas, pediatras, terapeutas, podem fazer para que ela se sinta melhor?
Nesta palestra, o foco foi na perda perinatal e uma terapeuta especializada me deu apoio durante a explanação, fazendo importantes considerações do ponto de vista profissional sobre as particularidades do luto para a mãe durante o puerpério. Mesmo que não se trate de um bebê, vale refletir para entender como é aquilo que eu chamo de 'travessia do deserto do luto'.
1) O luto é cheio de perdas
Comecei a palestra dizendo como aquilo era novo para mim. Como jornalista e Consultora de Comunicação, há mais de quinze anos palestras, cursos e workshops fazem parte da minha rotina profissional. No entanto, desta vez, o tema envolvia minha vida, meu luto, meu livro Até Breve, José. Senti medo de não dar conta. Vesti a coragem (assim como cito no livro) e com o coração aberto, falei deste e de tantos outros medos que José me trouxe. Falei também da superação, contando a minha experiência com o filho que perdi.
Muitas vezes a mulher que perde um bebê (seja aborto, perda intraútero, óbito fetal ou perda perinatal) acaba experimentando outras perdas sequenciais. Há um afastamento dos profissionais que a acompanhavam e os conhecidos repentinamente a evitam - representando assim abandonos. Os amigos se afastam e ela não pertence mais aos grupos de antes. Dói demais! Por isso, é preciso fazer o possível para oferecer acolhimento, proximidade, atenção e carinho a quem perde. No caso da mãe e bebê, muitos se concentram no bebê que partiu ou no fato ocorrido e deixam de olhar para a mulher que ficou. Por favor, cuidemos desta mãe!
2) O luto é lento
Há uma grande pressa em resolver tudo e "sumir" com aquela história, dando um fim aos 'rastros' do bebê, como o enxoval ou retomando rapidamente as atividades rotineiras. Vamos com calma! Os objetos representam o filho que perdemos e tornam-se amuletos e memórias para a mãe, por isso é preciso tempo para que ela possa escolher o que e como quer manter. É reconfortante reconhecer a importância destes símbolos e é preciso deixá-la à vontade para seguir seu ritmo com a retomada da rotina.
Respeitar o tempo da pessoa para elaborar, considerando que o processo não é linear (ora melhor, ora pior) deixa a travessia um pouco mais leve.
3) Seja solidário de verdade
Esqueça os protocolos, ofereça apoio sincero. Há uma total incapacidade de nossa sociedade de lidar com o luto e com os enlutados, por uma grande falta de sensibilidade que se aloja em dois extremos: o das pessoas que simplesmente silenciam e o das que falam demais. Os profissionais podem - e devem - seguir uma conduta humanizada especialmente no momento da despedida e das más notícias e os amigos e familiares podem chegar mais perto! Embora seja uma experiência particular para cada pessoa, todas precisam ser acolhidas e respeitadas em seus processos. Para mim, o não-falar e o afastamento estão relacionados ao medo do outro em lidar com a nossa dor. Todos, todos mesmo, têm alguma experiência com perdas ou superação de dificuldades, seja de que ordem for. Quando eu falo da minha dor e da minha história, acesso a dor e a história de cada um. Juntos podemos (e conseguimos) visitar também a força do amor e da fé na vida que nos resgata do fundo do poço.
4) Mais leveza, por favor
Nestes quatro anos lidando com o tema, já coleciono centenas de histórias, completamente variadas em contextos, enredos e finais, inclusive algumas terminam bem ( ☺) mas todas trazem algo em comum: nos lembram de nossa fragilidade perante a morte e de nossa força perante a vida. Em alguns momentos da palestra, involuntariamente, arranquei risadas da plateia. Foi muito bom! Por isso, vale lembrar: o luto é triste, mas não precisa ser tão pesado. Há espaço para a esperança, para o riso e até para boas descobertas. No fundo, é um processo engrandecedor.
5) Precisamos ler, falar e ouvir sobre luto
Em meio a um fluxo contínuo de palavras que saíam da minha boca, de repente percebi que o auditório inteiro chorava. A emoção coletiva me mostrou algo que eu não esperava: houve um tempo em que achei que as pessoas não gostariam de ler ou ouvir sobre luto e sobre morte. Eu estava errada! Neste dia, em minha primeira fala sobre este tema árido, eu vi um solo fértil. Tive certeza de que, não apenas as pessoas querem ouvir, como também precisam muito, muito mesmo, de um espaço para falar. A palestra terminou com um auditório emocionado, sorrindo e chorando.
A lista de interessados em fazer perguntas ou compartilhar depoimentos e as abordagens que recebi pelos corredores depois do encontro me confirmam que é preciso falar abertamente sobre luto. Só assim vamos quebrar os tabus, tirar as cascas, deixar nossa prepotência de lado, sair do piloto automático e da cultura da falsa felicidade para então, quem sabe, entrarmos dentro de nós mesmos, naquele lugar que parece tão escuro, mas que na verdade é especial, porque nos oferece oportunidade de evolução e nos torna mais próximos uns dos outros, por meio da dor e da superação.
Precisamos falar sobre luto. Hoje e sempre.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Infecção relacionada à Assistência a Saúde

Hoje participei aqui na cidade do  I Simpósio de Infecção relacionada à Assistência a Saúde de Guarulhos, organizado pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Guarulhos...
Em algumas apresentações, o assunto Infecção Hospitalar me fez lembrar da minha Dandy....
E mais uma vez os questionamentos me vieram a cabeça....Por que perdi minha filha????

E a certeza da resposta:- Porque colocaram o acesso pela sua jugular, uma vez que ela perdia os acessos....Tenho certeza que este procedimento a matou....Depois deste dia foi apenas uma infecção atrás da outra até que ela se foi....
Faltou o que???? Lá mesmo na UtiNeo eu vi bebes de menos peso que ela saírem de lá vivos...porque com ela não foi assim????
Como seria minha filha???? Inteligente igual ao Ri??? Meiga igual a ele????
Como seria seu cabelo?? Me daria dor de cabeça para comer igual ao irmão ou seria comilona????

São tantos questionamentos, tanta coisa não vivida....
Gostaria de brincar de bonecas, seria boa aluna????
A dor da perda é para sempre!
Espero que a consciência da classe médica mude com tanta informação sobre infecções, e que o numero de mães que sofrem a perda de um filho, por este motivo, passe a ser muito pequeno.

Odete

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Sem direito ao luto, mães e pais que perderam seus bebês sofrem com o não reconhecimento de sua dor

fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/08/19/noticia_saudeplena,154696/sem-direito-ao-luto-maes-e-pais-que-perdem-seus-bebes-sofrem-com-o-na.shtml



Documentário 'O Segundo Sol', produzido pelo casal Fabrício Gimenes e Rafaella Biasi após a perda de Miguel na 40ª semana de gestação, chama atenção para a falta de preparo dos serviços e profissionais de saúde para lidarem com as perdas gestacionais e neonatais. Lançamento está previsto para novembro


“Eu quero parir essa perda. Quero me despedir do meu filho”. A frase foi ouvida pelo publicitário Fabricio Gimenes, 25 anos, logo após ele e a esposa, a modista Rafaella Biasi, 33 anos, descobrirem que o filho Miguel estava morto dentro do útero da mãe. O casal que vivia o final da 40ª semana de gestação acabara de chegar ao consultório do especialista que acompanhava aquela gravidez. Rafaella já estava com 4 cm de dilatação, sentia as primeiras contrações e se preparava para um parto normal. Após uma gestação inteira sem nenhuma intercorrência, mas muitos planos e sonhos para quando chegasse o irmão de Cecília, de 12 anos, o casal foi surpreendido pela morte quando, na verdade, esperava pela vida. A notícia avassaladora foi apenas o início de uma dor que pode se mostrar ainda mais cruel. Isso por que os serviços e profissionais de saúde, assim como pais, amigos e familiares, não estão preparados para lidar com as perdas gestacionais e óbitos neonatais. Os sentimentos de solidão e incompreensão dificultam ainda mais o luto de quem perde um bebê, um ser humano que estabeleceu vínculo forte com os pais, mas que não existiu para os outros. 


“Foi terrível, às 11h chegamos ao consultório animados, às 12h saímos desnorteados para dar entrada no hospital. Miguel nasceu às 23h. Eu não conseguia processar nada. O parto foi um momento triste, mas também muito bonito. Foi um dos momentos mais intrigantes das nossas vidas. Eu pensava, ‘está todo mundo errado e o Miguel vai chorar na hora que sair’. Quando ele nasceu, a Rafaella o pegou no colo, colocou no peito e eu só consegui dizer ‘obrigado, meu filho, pelas transformações que vieram até agora e pelas que virão daqui para a frente’. Nós tivemos a oportunidade de nos despedir, temos uma foto com o nosso filho, mas não é o que acontece na grande maioria dos casos”, afirma Fabricio Gimenes, idealizador, junto com a esposa, do documentário 'O Segundo Sol' que vai contar a histórias de superação das famílias que perderam seus bebês e tem estreia prevista para novembro.

É o caso da consultora de beleza, Raquel Fernandes, 37 anos, que perdeu Gustavo Henrique na 35ª semana de gestação, há 10 anos. “Tive descolamento de placenta e corria risco de morrer”, explica. Como precisou passar por uma cesariana de urgência, quando o médico sugeriu que ela se despedisse do filho com um beijo, ela se negou. “Eu me arrependo até hoje. Eu estava em choque, não vi o Gustavo, não pude vesti-lo. Eu gostaria que tivessem me explicado que era importante, que tivessem insistido, que tivessem me oferecido novamente”, diz.

Raquel conta que, na tentativa de superar a perda e suportar a dor, começou a trabalhar muito. “Fui engolindo a dor. Depois de um ano, tudo explodiu. Eu sentia dores por todo o corpo, nos braços, nas pernas e fui diagnosticada com depressão profunda. Foi aí que percebi que tinha que conversar sobre o assunto, que eu tinha necessidade de falar”, diz.

Para Rafaella Biasi, que teve a oportunidade de se despedir do filho Miguel, é papel do profissional de saúde oferecer à mãe a chance de se despedir do filho ou da filha. Ela diz que, quando chegou em casa depois da partida de Miguel – após uma temporada de uma semana na fazenda da família -, se sentiu extremamente sozinha. “A solidão me motivou a procurar ajuda na internet e descobri que as famílias não tiveram o mínimo de acolhimento e amparo. Muitas mulheres relatam que foram vítimas de violência obstétrica. Nessas conversas, percebi que existe muito ressentimento, muita culpa, muito pesar, arrependimento de não ter tido a possibilidade de ver o bebê pela inabilidade do médico em oferecer. Nessa hora, a mulher não tem condição de tomar essa decisão. Vi que não ter pegado o filho no colo machucava demais, é uma corrente que se arrasta por toda a vida”, narra.

sábado, 8 de agosto de 2015

Dia dos Pais

Olá...aqui é a Odete que escreve nesta quase madrugada....
Acabo de participar de uma palestra on line sobre a maternidade...
Para minha surpresa, a palestrante acabou de se separar, ela tem dois filhos, um ainda amamentando...é linda...super inteligente....enfim...
O que faz com que os homens se afastem da família...ou se afastem da mãe de seus filhos???
Difícil isto....queria ouvir os homens, saber a opinião deles por eles mesmos...
O que é ser pai????
É gerar só e pronto, aumentar a prole, se fazer passar por um ser viril, potente, fértil??
Como é o comportamento do homem na perda???? Na infertilidade????
Eu já vivi bastante..passei por longo período de infertilidade, fui chamada de seca pelo ex, já vivi a perda duas, três vezes, e já gerei dois bebes, perdendo um após 20 dias de nascido, em todas as perdas meu choro e minha dor foram solitárias.
Sempre após a perda perdi também o companheiro, na infertilidade perdi também, na morte perdi também, por que??? Não sei! Não sou bonita, não sou rica (longe disto..rsrs), mas tenho (ou tinha vai) cá meus atrativos...rsrsrs....mas perdi! Mas o pior é meu filho ter perdido também.
Na ultima perda desisti...cansei..enjoei...e meu filho virou o meu universo! Hoje, nove anos depois, sou criticada por isto, médico, nutricionista, amigos, me criticam, pois dizem que esqueci de mim...rsrs...
Não esqueci de mim, eu vivo por e para meu filho, pois ele é que importa neste momento, ele que requer atenção, cuidados.
Eu desejei a maternidade de forma até audaciosa, era meu sonho, meu desejo, meu objetivo, quando acordei, após meus quarenta anos de idade, quando descobri que para a maternidade há prazo de validade. Enfim, lutei e consegui, mas consegui e fiquei sem companheiro, mas ganhei meu filho, como não deixa-lo ser tudo????
Hoje meu filho chegou da escola com o presente que é para ser entregue ao pai (lindo alias!), e chorou quando o alertei que seu pai não viria no Dia dos Pais, doeu muito em mim aquelas lágrimas, sentidas do fundo do coração, pois ele não vê o pai desde o seu aniversário no início do ano.
Quis ligar para o  pai, ligou, mas a ligação ruim por duas vezes caiu....Ele ficou triste!
Porque isto acontece??? Por que o pai não se faz mais presente??? Eu não sei!
Talvez o que aqui escrevo sirva como alerta aos pais distantes.
Sr Pai, seu filho sente sua falta! 
Ser pai é igual ser mãe, é cuidar, ajudar na escola, ver se comeu, se bebeu, se lavou, se limpou, levar para passear, rir junto, dormir junto, abraçar, beijar, brigar também. Ser pai é estar junto, mesmo estando longe. Igual ser mãe!
Desejo um Feliz Dia dos Pais, a todos os pais que assim merecem ser chamados.


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Gravidez após perdas

Este final de semana o programa Boas Vindas, do Canal GNT, mostrou a superação de um casal, que conseguiu finalmente ter seu bebê após três perdas. Eles fizeram o mesmo tratamento que fiz, com vacinas formuladas a partir do sangue paterno, e assim como eu, a mãe precisou de duas séries de injeções (dolorosíssimas por sinal) para conseguir ver o seu crossmatch (exame que aponta compatibilidade entre os pais) positivo.
Confira neste link o episódio!
Atenção: como é um programa transmitido por TV paga (GNT) é necessário incluir os dados de sua operadora de TV para assistir.

Rose

terça-feira, 30 de junho de 2015

Persistência.

Sempre aconselhei a mãe que luta para ter um filho a não desistir, a persistir, a continuar a lutar....
Muitas vezes isto pareceu jogar palavras ao vento, mas quem me conhece sabe que não faço isto, eu apenas digo o que realmente penso.
E foi assim que eu fiz....lutei...perdi....chorei....me desesperei....fui ao chão....levantei...enxuguei as lagrimas....lutei.....perdi....o chão se abriu....sucumbi.....gritei...briguei....mudei muita coisa....rompi....recomecei....adquiri coragem...e mais uma vez fui a luta.....muito medo....muita angustia....mas deu certo...
E é assim que penso e é assim que sempre incentivo a todas....Desisti jamais!
Só não consegue quem desiste!
Sempre vai ter um jeito...
Esta semana particularmente me vi novamente com um super sorriso nos lábios ao saber de uma nova gravidez muito desejada, muito esperada....e a alegria deste casal é também a minha alegria.
Por isto sempre vou dizer...vá em frente..sem medo...e se perder levante e comece de novo...
Odete